Enquanto isso...

Algumas palavras escritas no vento pareciam apresadas... pois, alguma coisa se escondia por de traz do tempo. Naquela manhã meus olhos alçavam velas para navegar (nu) imaginário que repousava em pensamento.

Estendia a janela um sorriso eterno para os movimentos desordenados das nuvens. O contraste dos telhados: amianto e barro, piscavam ainda molhados. Uma fina brisa beijava meu rosto suspenso na curiosidade de menino.

Vivia vários mundos dentro do mesmo. Meu tempo não pertencia a nenhum deles, muito menos os cheiros sem rumos, abraço sem direção. Não queria perder-me pelo duvidoso labirinto das verdades.

- Sete desejos, quatro ventos... um amor! Grito marinheiro revolvia meu intimo de terra firme. O momento é real e; os sonhos... mais ainda; dividia o espaço que existia entre nos ( eu e a vida mar ).

Rosto em recortes compõem a parede... utopia que chega ao teto de qualquer mentira habitante. Tiro de algumas gavetas empoeiradas de verbos, adormecidas poesias... forjadas no silêncio. Um vulto ao pé da porta corta meu suspiro. Toco chão do quarto... respiro por se um novo, já sintindo saudades do próximo. Meu eu estava longe, logo a chegar. Cada parte do corpo acordava devagar; o sol, despontava tímido. A morena tinha o mesmo brio e um sorriso lunar, capazes de encantar qualquer leigo em astronomia. Seguindo as estrelas, o navergar sem mapas e rotas.

O equilíbrio de folhas verdes se complementavam em simples toque, uma rosa vermelha acenava para este uni/verso remanso, brindando-me de sentimento único. Hoje, começo de um fim condenado: marco zero de mim.
(fragmento do textos original)
ilustração: Harley Meireles

Um comentário:

  1. Deus... Parecia um sonho...
    Ao ler o texto, me senti
    por vezes parte dele...
    Como gostaria de ser aquela
    morena... Inveja boa rsrs... Bjuusss!!!

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